
5 Dicas para realizar uma Pesquisa de Engajamento de funcionários relevante
Você já realizou alguma pesquisa de engajamento na sua empresa? Trabalhar com os resultados mensurados pode ser meio complicado às vezes, não é verdade? Isso pode acontecer quando a pesquisa em si não foi bem estruturada ou bem planejada. Talvez as perguntas não tenham sido objetivas o suficiente, ou pode ser que o pouco conhecimento da empresa terceirizada contratada para tal tenha formulado questões rasas e pouco eficientes.
O artigo de hoje vai explicar como realizar uma pesquisa de engajamento realmente eficaz e trabalhar com os dados coletados de forma correta. Acompanhe e confira as nossas 5 dicas!
1.Como começar uma Pesquisa de Engajamento?
Mesmo antes de redigir um formulário objetivo, alguns números já podem ser de antemão analisados. O gestor que está atualizado sobre como anda e para onde vai sua empresa, sentirá mais facilidade para dar o start. Todos os dias são gerados dados interessantes, tanto para análise de perfil quanto para identificação de algum nível de engajamento.
1.1 Absenteísmo e pontualidade
Se os seus colaboradores apresentam faltas injustificadas, atestados e atrasos com frequência, é bom ficar de olho pois algo pode estar errado. Esse pode ser um ponto levantado em questionário a fim de elucidar os motivos e trabalhar com as ações corretas para corrigi-los.
Imagine que a justificativa para os atrasos frequentes seja uma linha de ônibus pouco eficiente na região onde moram vários colaboradores. Nesse caso, o absenteísmo não significaria necessariamente falta de engajamento. A possibilidade de disponibilizar um transporte especial para esse público, como uma van ou kombi, resolveria o problema, por exemplo.
1.2 Cumprimento das normas de segurança
O funcionário que compreende a importância de cumprir as normas de segurança pode ser considerado, nesse aspecto, um colaborador engajado. Certifique-se que todos tenham acesso aos EPI’s como bota, luva, óculos, capacete e guarda-pó.
Aquele empregado que se recusa a utilizar tais equipamentos de segurança sem um motivo plausível pode ser considerado pouco engajado ou talvez a importância desses itens ainda não tenha ficado clara para todos.
Pode ser então a hora de ministrar um treinamento de segurança do trabalho e primeiros socorros, por exemplo.
1.3 Diligência para exames de rotina
Alguns setores como o da indústria e do transporte, que lidam com alto índice de periculosidade em muitos pontos de seu processo, precisam solicitar exames como o médico e toxicológico com certa periodicidade para seus colaboradores.
Se os motoristas se prontificam, sem contratempos, a realizar o exame toxicológico, isso pode significar um bom nível de engajamento desses funcionários e demonstra que eles entendem a importância desse compromisso e estão de acordo com os princípios pregados pela instituição.
Se fosse a situação de um baixo índice de comparecimento para a realização do exame toxicológico, seria necessário compreender os motivos.
Por isso, as ações nesse sentido podem ser de conscientização e esclarecimento, com treinamentos adequados e bem ministrados. A contratação de laboratórios com tratamento humanizado e ético também colabora para que, nesse caso, os motoristas se sintam mais à vontade para a realização do teste.
2. Quais são os 3 pilares da pesquisa de engajamento?
Os 3 pilares são: autonomia, crescimento e contribuição. Eles precisam ser coexistentes e equilibrados e partem do princípio da visão que o empregado tem sobre sua própria função, além de contribuírem diretamente para o bem-estar do colaborador. Ele é um mero cumpridor de ordens? Existe a possibilidade de evoluir dentro do posto que ocupa? Como ele pode se sentir mais útil para a empresa? A organização sabe comunicar ao funcionário sobre a importância da atividade que ele desenvolve?
Tendo essa tríade como norte, será mais fácil redigir um formulário que traga informações relevantes para suas ações de engajamento.
3. Quais perguntas devo fazer?
Cada funcionário deve ser “trabalhado” de forma individual para que seja de fato engajado. Por isso a percepção e conhecimento dos gestores acerca dos colaboradores é fundamental para que as questões sejam devidamente direcionadas. Algumas perguntas generalizadas colaboram para uma boa pesquisa de engajamento, mas o questionário não deve se limitar a elas. Pergunte sobre:
- como anda o ambiente de trabalho
- sua interação e satisfação com os líderes
- sua interação e satisfação com os colegas
- pontos positivos e negativos de se trabalhar naquela organização
- como ele gostaria de colaborar mais com a empresa
- se ele espera crescer na firma e assumir novas responsabilidades
- sugestões de melhorias no processo interno
4. O que fazer com os dados mensurados?
O engajamento significa mais que motivação ou satisfação para trabalhar. Significa estar de acordo com a missão, visão e valores da instituição, vestir a camisa e se dedicar continuamente a fazer um bom trabalho. Por isso, faça a pesquisa de engajamento periodicamente para ter sempre dados atualizados para analisar.
Mas esteja atento para atender as solicitações e ajustes apontados pelos empregados. O diálogo só é realmente estabelecido quando todas as partes são ouvidas e devidamente respondidas, o que não quer dizer que todas as solicitações devem ser realmente de pronto atendidas.
É bom que os gestores levem em conta as opiniões que surgem nas pesquisas. Desconsiderá-las pode gerar grande frustração por parte de quem não é ouvido. Se não dá para atender à solicitação, dê um feedback ao menos. Assim são construídos os bons ambientes para se trabalhar, com diálogo franco e honestidade.
5. Como evitar ações simplórias?
Premiação e coffee break só resolvem temporariamente as situações de clima organizacional. Ações duradouras passam por mudanças comportamentais com participação de todos os envolvidos.
Evite passar a sensação de compensação. Por exemplo: não podemos adquirir novos carros nem dar manutenção na maioria da frota. Churrasquinho toda sexta vai resolver a insatisfação dos motoristas? Claro que não!
Assim que ele voltar para o volante, vai esquecer churrasco, treinamento de segurança e qualquer orientação de melhoria. Um cronograma de manutenção e sua correta divulgação para cada motorista parece uma solução melhor, não é mesmo?
Então provavelmente você já entendeu que pesquisa de engajamento não é um bicho de sete cabeças, mas também não pode ser levada de forma leviana, não é? Conheça o seu público e tenha os objetivos da pesquisa sempre em mente na hora de formular o questionário.
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