É possível burlar o exame toxicológico?

É possível burlar o exame toxicológico?

28 de janeiro de 2019 24 Por LABET Exames Toxicológicos

É possível burlar exame toxicológico? Esta é uma das perguntas mais comuns sobre o exame, considerado um dos testes mais seguros e confiáveis. Entenda o por quê e se realmente é possível burlar!

O exame toxicológico de larga janela de detecção deve ser realizado por motoristas profissionais e autônomos nas renovações da Carteira Nacional de Habilitação das categorias C, D ou E, além da sua obrigatoriedade na admissão e demissão em regime CLT. O teste é feito por meio do cabelo ou pelos do corpo e, por ser um assunto relativamente novo, causa algumas dúvidas nos profissionais.

Entre elas, se é possível ou não burlar exame toxicológico. Pensando nisso, elaboramos este post para que você entenda sobre a confiabilidade dos resultados obtidos, além da importância do teste para a segurança dos motoristas. Boa leitura!

Entenda se é possível burlar exame toxicológico

O exame toxicológico de larga janela de detecção pode ser considerado um dos testes mais seguros para identificar o consumo ou não de drogas por parte dos motoristas. A partir da análise da queratina feita por meio do pelo ou do cabelo, é possível verificar se o indivíduo fez uso de determinadas substâncias em um período mínimo de três meses que antecedem a coleta do material.

Na internet, o motorista pode encontrar alguns métodos que prometem adulterar o resultado do exame, como o corte de cabelo — local onde fica a queratina e, consequentemente, a prova do consumo de substâncias ilícitas.

Marília Nanes, gerente técnica do laboratório Quest Diagnostics, afirma que essa prática não é válida: “quando o laboratório identifica que a amostra de cabelo não é suficiente para a análise, é feita a coleta de pelos de outra parte do corpo ou, até mesmo, de raspas de unha, onde também contém a queratina”, afirma.

Outra orientação encontrada para burlar exame toxicológico é o fato de utilizar shampoos de limpeza profunda, visando eliminar a presença de tóxicos nos fios. Marília explica que esse procedimento também não é suficiente para alterar os resultados, uma vez que “nenhum produto cosmético, como gel, shampoo, condicionador, spray e pomada tem a capacidade de adulterar as substâncias presentes no córtex capilar. Sendo assim, não interferem na análise e nos resultados”, explica.

A partir dessas informações, torna-se comprovada a segurança e eficácia do exame, uma vez que nenhum método é capaz de alterar a análise.

Saiba por que o exame toxicológico é tão confiável

Como dito, o exame toxicológico de larga janela de detecção é considerado um dos métodos mais confiáveis. Apesar de todos os testes (urina, sangue etc.) terem um grau de confiabilidade elevado, a larga janela de detecção da análise de queratina é o diferencial. Caso queira saber se houve o uso de drogas na semana do exame, o de urina e sangue são os mais indicados, pois a droga leva mais de 8 dias para chegar até o cabelo.

Em contrapartida, se a análise for de um consumo de drogas há mais tempo, o cabelo é a melhor maneira.

A técnica utilizada que permite essa larga janela de detecção é a denominada ELISA. Esse é um procedimento de imunoensaio enzimático, denominado IEE, utilizando um imunoensaio competitivo de microplaca para a detecção de determinadas drogas ou substâncias no cabelo.

Sendo assim, o resultado será imediatamente considerado positivo se houver indício de, ao menos, uma das drogas. Caso não tenha, ele se encerra com o laudo negativo sendo emitido em um período de até 24 horas.

Todas as amostras com concentração confirmada no limite ou acima dele são reportadas positivas após a revisão e certificação forense. Para a gerente técnica da Quest “o equipamento que identifica as substâncias é muito sensível e robusto, dando a confiabilidade necessária aos nossos resultados. Ou seja, esse é um método preciso e tem um limite de detecção baixo, podendo identificar, até mesmo, concentrações menores”.

Conheça a importância do exame e os riscos de burlá-lo

O exame toxicológico é de suma importância para a segurança do motorista e para a população em geral. Dessa forma, é fundamental criar a cultura de que o teste é importante para o controle de consumo de substâncias psicoativas.

Para Marília, “não usar drogas é a melhor opção para ter o resultado negativo no exame toxicológico. Além disso, permite também ficar longe da dependência química, que ocasiona tantos problemas para a saúde do indivíduo.” Além dos danos causados à saúde, o uso de substâncias tóxicas pelos motoristas profissionais e autônomos está diretamente ligado ao grande volume de acidentes que ocorrem nas estradas em todo o território nacional.

A cocaína e anfetamina são utilizadas pelos profissionais para tirar o sono e aguentar as longas jornadas de trabalho. Sendo assim, muitos acidentes envolvendo veículos de grande porte nas rodovias causam sequelas, ferimentos graves e, inclusive, a morte dos motoristas.

Ao realizar esse exame, é possível prevenir situações como essas. Ou seja, com a análise da queratina existe a possibilidade de garantir segurança nas estradas, além de proporcionar bem-estar aos motoristas durante as viagens e contribuir para a diminuição dos acidentes no trânsito.

Ele pode ser benéfico, ainda, para as organizações. Nesses casos, é muito comum que as cargas sejam danificadas caso ocorram acidentes. Dependendo do que é transportado, é possível que ela seja saqueada, gerando prejuízos para os donos de empresas.

Dessa forma, realizar o exame toxicológico de larga janela de detecção de maneira confiável contribui para garantir que as cargas sejam transportadas com cautela, além de propiciar segurança nas estradas brasileiras.

Entenda os direitos do trabalhador

O trabalhador tem seus direitos em relação ao exame toxicológico, principalmente nos casos em que os resultados são positivos. Nessa situação, o motorista tem direito assegurado à contraprova, além da confidencialidade dos dados referentes aos testes realizados.

A contraprova é automática quando o resultado positivo é detectado pelo laboratório. Na coleta do material, é necessário recolher duas amostras, conforme os procedimentos indicados pela Lei do Caminhoneiro. Essa exigência é feita pelas seguintes finalidades:

  • proceder o exame completo, com todas as fases asseguradas (triagem e confirmatória);

  • armazenar em laboratório por, no mínimo, 5 anos, visando ter o material em casos de litígios.

Ao ler este artigo, você conseguiu identificar que não é possível burlar exame toxicológico, sendo um dos métodos mais confiáveis para identificar o uso de substâncias psicoativas por parte de motoristas. Essa obrigatoriedade garante mais segurança nas estradas e traz bem-estar aos profissionais que transitam pelas nossas rodovias.

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