
Qual a precisão do exame toxicológico?
A precisão do Exame Toxicológico garante às empresas um resultado seguro e eficiente sobre o uso de substâncias psicoativas por parte do motorista. Entenda!
Desde a implementação da Lei 13.103, conhecida como Lei do Caminhoneiro, as empresas de transportes passaram a ter algumas obrigações em relação aos seus profissionais. Entre elas, a realização do Exame Toxicológico de Larga Janela de Detecção. Apesar de ser uma exigência para o condutor, é de responsabilidade do negócio solicitar e custear o teste, acompanhando desde a coleta até o resultado.
Pela importância desse laudo na segurança das estradas, no bem-estar e qualidade de vida do motorista, além do não comprometimento da carga transportada, a precisão do Exame Toxicológico é uma questão que gera dúvidas entre as empresas.
Pensando nisso, elaboramos este post para que você entenda mais sobre o assunto, além de saber sobre a importância da tecnologia nesse processo. Boa leitura!
O grau de precisão do Exame Toxicológico
Existem alguns fatores que comprovam a precisão do Exame Toxicológico. Entre eles, as fases de triagem e de confirmação. Entenda:
Fase de triagem
Na fase de triagem, o laboratório prepara a amostra para que contaminações externas sejam retiradas a fim de não afetar o resultado. Se existir algum tipo de substância psicoativa no cabelo, será possível identificá-las a partir de reagentes específicos. Devido à característica da análise, é uma etapa bastante precisa para identificar se o condutor fez ou não o consumo de drogas nos últimos meses.
Fase confirmatória
Logo após essa etapa, se o Exame apresentar algum sinal de positividade, o material ainda passa pela fase confirmatória. Para a Dra. Karen Norato, supervisora de Qualidade da LABET, o material passa por uma análise mais precisa no cromatógrafo. “Ele busca a substância específica no organismo da pessoa. Aqui, não será analisada apenas a droga, como também o metabólico, o que a gente elimina do nosso corpo”, explica.
Ou seja, será a comprovação de que o motorista realmente consumiu algum tipo de substância, o corpo absorveu e fez a metabolização. Devido às duas fases que visam comprovar o resultado, a precisão vai do início do Exame até a etapa final do cromatógrafo.
A contraprova
Além das duas etapas já apresentadas, a contraprova é garantida por lei ao condutor. Caso ele não tenha concordado com o resultado, é possível solicitá-la por meio de um termo de consentimento. A partir disso, o material — coletado no mesmo dia do material analisado que gerou o primeiro resultado — será enviado novamente ao laboratório, onde será analisada especificamente a droga.
Como já tem um presuntivo de positivo, essa segunda avaliação não terá a fase de triagem. O teste é feito no cromatógrafo, tentando identificar a substância contestada pelo motorista.
Vamos exemplificar de maneira mais prática: o laudo apresentou positivo para cocaína. Sendo assim, o material será enviado ao cromatógrafo que está validado com as definições necessárias para que o aparelho busque especificamente pela droga em questão a fim de confirmar ou não o resultado.
O grau de precisão em diferentes materiais coletados
Se o motorista não apresentar uma quantidade de cabelo suficiente para a análise, é feita a retirada de pelos do corpo. Para Dra. Karen, o resultado emitido a partir da avaliação do cabelo é mais preciso. No entanto, não é pela questão de confiabilidade: “no cabelo, conseguimos determinar a janela que desejamos detectar. Por exemplo, se eu defino um período de 90 dias de consumo, vou coletar 3 cm de cabelo do profissional, mesmo que ele envie 5 cm”, explica.
Essa janela de detecção apresentada diz respeito ao tempo analisado para identificar o consumo por parte do profissional. De acordo com a legislação, o mínimo é 90 dias, mesmo havendo a possibilidade de analisar um período menor. Em relação à validade do laudo, é prevista em 90 dias, justamente pela determinação da janela prevista na lei — que pode ser estendida a 180. É necessário ressaltar que essa validade é contada a partir da data de coleta, não do resultado.
A tecnologia para a análise
A tecnologia para a análise de queratina é um avanço que garante mais segurança nas estradas nacionais. De acordo com a supervisora, esse fato se justifica pela janela de detecção, a qual permite avaliar o comportamental do usuário, não se restringindo ao uso imediato.
O resultado emitido por meio dos exames de urina e sangue, por exemplo, tem uma janela muito baixa. Sendo assim, não é possível identificar o condutor que faz o uso contínuo de determinada substância. Somente a avaliação em um período mais amplo consegue impedir o consumo de substâncias que influenciam no dia a dia do motorista, provocando danos às pessoas que transitam pelas rodovias, à saúde do profissional e às cargas das transportadoras.
Para se ter uma ideia, entre os anos de 2015 e 2017 houve uma redução de 34% de acidentes envolvendo caminhões e 45% envolvendo ônibus, comprovando a eficácia dessa resolução.
Os medicamentos e a sua influência no resultado
Uma dúvida que cerca muitos profissionais em relação ao resultado do Exame está relacionada ao uso de medicamentos. A doutora Karen exemplifica que, caso o condutor faça o uso constante de codeína devido a alguma cirurgia, é possível identificar a substância.
“Independentemente do medicamento que o doador faça uso, ele não vai influenciar indiretamente, mas diretamente. No Exame, conseguimos identificar exatamente a substância utilizada, que poderá ser justificada a partir de uma receita médica.”, explica.
Sendo assim, é essencial que o motorista tenha conhecimento que tal medicação fará diferença em seu laudo, apresentando posteriormente a prescrição para que haja a justificativa por parte do laboratório.
Neste artigo, você pôde entender de forma mais clara sobre a precisão do Exame Toxicológico. Mesmo com a possibilidade de contraprova por parte do condutor, as chances de os resultados serem diferentes são bastante raras, variando apenas nos casos em que a quantidade identificada ficou próxima ao limite.
A análise da queratina permite avaliação em várias etapas que vai transmitir à empresa e ao motorista um resultado de confiança e que garantirá mais segurança nas rodovias brasileiras.
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