O exame toxicológico vem contribuindo significativamente para a redução dos acidentes nas estradas. Saiba mais!

O papel do exame toxicológico na redução de acidentes nas estradas

8 de novembro de 2018 4 Por LABET Exames Toxicológicos

Após a obrigatoriedade do exame, houve uma redução de 34% de acidentes nas rodovias federais, comprovando a eficácia do teste.

Em 2015, por meio da Lei 13.103, conhecida popularmente como Lei do Caminhoneiro, mudanças importantes ocorreram no dia a dia de motoristas profissionais e autônomos, visando garantir a segurança nas estradas. Entre elas, a obrigatoriedade do exame toxicológico de larga janela de detecção na admissão, demissão e renovação da Carteira Nacional de Habilitação dos profissionais das categorias C, D ou E.

Pensando nisso, neste post você entenderá qual o papel desse exame na redução de acidentes nas estradas, além de conhecer o atual panorama das rodovias nacionais. Boa leitura!

O exame toxicológico como proteção para a vida dos motoristas

De acordo com Rodolfo Rizzoto, do SOS estradas — programa com o objetivo de reduzir acidentes e aumentar a segurança nas rodovias —, os motoristas não utilizam as substâncias por lazer, mas para suportar as longas jornadas de trabalho. Com a obrigatoriedade do exame, contribui-se para a diminuição da exploração desses profissionais e, consequentemente, traz mais segurança para todos os usuários das estradas.

Apenas nos dois primeiros anos de exame, 1,2 milhão de motoristas não conseguiram renovar a CNH nas categorias C, D ou E. Segundo Rodolfo, esse dado provoca a chamada “positividade escondida”: a pessoa evita fazer o teste por saber que não seria aprovada. Além desse dado, cerca de 100 mil condutores foram reprovados no exame e ficaram afastados de suas profissões até que a CNH ficasse válida novamente.

O papel educativo do exame

Rodolfo reforça que as empresas fazem o que a lei determina. Sendo assim, essa é muito mais uma mudança de comportamento dos motoristas pelo interesse em continuar trabalhando do que propriamente um processo de educação.

“O que as empresas estão percebendo é que quando você tem um condutor que faz o uso de drogas, ele está se aproximando do mundo do crime. Assim, o motorista tem a probabilidade de fornecer informações que podem contribuir para um possível roubo de veículo ou carga”, afirma.

Além disso, segundo o coordenador do SOS Estradas, o condutor poderá transportar determinada quantidade de drogas escondidas dentro das cargas. Ou seja, sem fazer o controle do uso dessas substâncias e explorando profissionais por longas jornadas, a empresa traz para dentro dela situações ilegais. Dessa forma, o fato de o exame toxicológico ser obrigatório educa tanto os profissionais quanto seus gestores.

A conscientização dos motoristas sobre a importância do exame

Entre 2015 e 2017, houve uma redução em 34% de acidentes envolvendo caminhões nas rodovias federais e 45% envolvendo ônibus. Caso sejam considerados, também, os acidentes que envolvem veículos leves, a redução foi de 22%.

O único fator novo que possa justificar o controle das categorias profissionais envolvendo os condutores das habilitações C, D ou E, foi a aplicação do exame toxicológico. “Não podemos dizer que toda a redução aconteceu devido ao exame, mas que influenciou positivamente”, afirma Rodolfo.

Outro aspecto importante é o fato de que tanto as empresas quanto os motoristas estão entendendo que o uso da droga cria uma concorrência desleal. De acordo com o coordenador, o condutor que utiliza substâncias aceita viajar em condições desumanas.

Isso significa que, em muitos casos, o motorista concorda, inclusive, em abaixar o valor do frete, pois fará a viagem sem pausas e com excesso de velocidade. Com isso, ele acaba tirando o serviço dos demais que concorrem no mercado, contribuindo, ainda, para a desvalorização do trabalho.

Além disso, em um estudo realizado pelo SOS Estradas, foram analisados 363 casos que envolviam acidentes de caminhões e automóveis. Neles, houve 17 falecimentos de ocupantes de caminhão e 605 de automóveis. “Quando as pessoas pensam que o problema do motorista não afeta toda a sociedade, é preciso lembrar desses números. Estamos falando de uma proporção de 35 mortos em automóveis para 1 profissional ou ocupante dos veículos profissionais”, garante Rodolfo.

O atual panorama das estradas brasileiras

A malha rodoviária que está sob responsabilidade federal abrange mais de 118 mil quilômetros, segundo dados do próprio Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). No entanto, de tudo isso, pouco mais da metade é asfaltada.

Segundo o órgão oficial do governo:

  • cerca de 70% das rodovias estão em bom estado;
  • 20,6% têm um perfil aceitável/regular;
  • 6,9% estão em estado ruim;
  • 5% em estado péssimo, necessitando revitalização.

Vale lembrar, ainda, que o Brasil conta com mais de 250 mil quilômetros de rodovias estaduais.

Como é de se esperar, a atual situação política e econômica pela qual o Brasil passa afeta diretamente os investimentos em infraestrutura de transporte. Países desenvolvidos e em desenvolvimento, por exemplo, tendem a investir cerca de 10% do seu PIB na logística dos transportes.

Nada mais justificável do que isso, tendo em vista que é um dos grandes responsáveis para o crescimento da economia, potencializando exportações e permitindo uma balança comercial favorável. 

Em contrapartida, no Brasil, apenas 0,6% do PIB é investido na infraestrutura de transporte. Como consequência, esse baixo investimento gera a falta de competitividade para o país, que tem dificuldades para o transporte de carga e o abastecimento interno, além de aumentar a probabilidade do número de acidentes.

O descumprimento da Lei do Caminhoneiro

Além dessas atuais condições das estradas, o descumprimento da Lei do Caminhoneiro pode ser considerado uma das principais causas de acidentes envolvendo motoristas profissionais, reforçando a necessidade do exame toxicológico de larga janela de detecção.

Além do consumo das substâncias ilícitas, o sono devido às grandes jornadas, a fome e a fadiga geram perda de reflexo significativa. Sendo assim, comprometem a segurança do motorista, das cargas e das pessoas que circulam pelas rodovias nacionais.

O excesso de cargas é ainda outro item que, além de prejudicar a infraestrutura das estradas, é um fator de risco que contribui para a ocorrência de acidentes. Apesar da fiscalização constante exercida pelos órgãos governamentais, não é raro encontrarmos veículos trafegando com peso acima do limite.

A partir deste conteúdo, você pôde entender o papel do exame toxicológico para a redução de acidentes nas estradas. Por meio dessa obrigatoriedade, empresas e motoristas estão se conscientizando quanto ao uso de substâncias ilegais, trazendo reflexos positivos para as estatísticas de acidentes em nossas estradas.

Caso tenha se interessado pelo assunto, entre em contato conosco. A LABET realiza o exame toxicológico para a emissão e renovação da CNH, além da admissão e desligamento dos motoristas, contando com laboratórios parceiros em todo o país.

O que é toxicológico no trânsito?

O exame toxicológico no trânsito é uma análise laboratorial para detectar a presença de substâncias psicoativas, como drogas ilícitas, em motoristas profissionais, visando garantir a segurança viária.

Para que serve o exame toxicológico?

O exame toxicológico serve para detectar o uso de substâncias psicoativas em motoristas profissionais, visando garantir a segurança viária e o cumprimento das normas de trânsito.

De quem é a responsabilidade do exame toxicológico?

A responsabilidade pelo exame toxicológico recai tanto sobre os motoristas profissionais, que devem realizá-lo conforme exigido por lei, quanto sobre as empresas contratantes, que devem exigir e verificar os resultados como parte do processo de admissão ou renovação do contrato.

O que acontece se não realizar o exame toxicológico?

Se um motorista profissional não realizar o exame toxicológico conforme exigido por lei, pode enfrentar sanções legais, como multas e suspensão do direito de dirigir, além de possíveis consequências trabalhistas, como perda do emprego.