A coleta do pelo no exame toxicológico de larga janela de detecção traz muitas dúvidas aos motoristas profissionais. Saiba mais!

Como é feita a coleta do pelo para exame toxicológico?

27 de setembro de 2018 10 Por LABET Exames Toxicológicos

Entenda de uma vez por todas como é o procedimento de coleta do pelo, os cuidados necessários e a importância do exame toxicológico .

Em 2016, com o surgimento da lei federal 13.103, tornou-se obrigatório o uso do Exame Toxicológico de Larga Janela de Detecção para identificar a utilização de diversos tipos de psicoativos por parte dos motoristas responsáveis pelo transporte de pessoas e de cargas, com Carteira Nacional de Habilitação das categorias C, D ou E.

Neste post, você vai entender como é o procedimento do exame, como funciona o processo da coleta do pelo e como é a análise dos resultados. Boa leitura!

Por que é importante fazer esse exame?

A motivação para tornar o exame obrigatório foi a enorme quantidade de acidentes envolvendo motoristas profissionais que utilizavam drogas para aguentar a alta carga de trabalho. A explicação é que esse teste permite, por meio da coleta e análise do pelo ou cabelo, detectar substâncias em um intervalo maior que os exames convencionais de urina e de sangue.

Assim, o Exame Toxicológico de Larga Janela de Detecção surge como uma importante medida para promover a segurança no trânsito em todas as estradas do país. Ou seja, com a implementação da obrigatoriedade desse exame, é possível prevenir riscos e garantir mais segurança nas estradas e ainda contribuir para o bem-estar dos motoristas durante as viagens.

Além disso, o exame toxicológico é vantajoso também para as empresas, pois é comum as cargas serem danificadas ou saqueadas durante os acidentes, gerando prejuízos ao empregador ou contratante do serviço. 

Outro ponto positivo em relação à empresa é a difusão de cultura do uso dessas substâncias na organização. A partir dos efeitos observados pelo motorista, ele pode proliferar o consumo de drogas ao apresentá-la para os outros motoristas, levando esse problema para dentro do negócio. 

Quais os resultados já obtidos com a obrigatoriedade do exame?

Desde a sua obrigatoriedade, resultados significativos já surtiram efeitos. De acordo com dados da própria Polícia Rodoviária Federal, houve uma redução de 38% no número de acidentes de trânsito envolvendo motoristas que transportam cargas e passageiros.

O balanço dos primeiros meses a partir da medida comprovou o uso frequente de substâncias psicoativas por parte de profissionais do transporte. Essa prática dos motoristas profissionais, de modo geral, visa criar condições físicas para o enfrentamento das excessivas jornadas de trabalho, que exigem muito dos profissionais. 

Quando esse exame toxicológico deve ser feito?

É indicado que o motorista faça a coleta antes do vencimento da Carteira Nacional de Habilitação. Com a antecedência necessária, é possível evitar surpresas desagradáveis, como a insuficiência do material biológico, paralisações, greves ou até mesmo a demora no atendimento do DENATRAN, Correios, Polícia Federal ou demais órgãos públicos. Assim, você afasta os riscos de atraso na renovação da CNH. 

A validade do laudo é de 90 dias a partir da data de coleta do material. A autorização de inserção do laudo no Registro Nacional de Carteira de Habilitação (RENACH) deve ser preenchida no formulário de coleta, no momento em que realizar o exame. Segundo a legislação, o laboratório não pode inserir o resultado sem que a autorização do cliente seja feita no momento da coleta de material. 

Por que é necessária a coleta de pelo?

No exame toxicológico de larga janela de detecção, é necessário considerar o consumo periódico.

Ao examinar o sangue ou a urina, o consumo é pontual, não cumprindo com os objetivos previstos a partir da Lei. Ou seja, se a pessoa fizer consumo da droga, depois de aproximadamente dez dias, a substância já sai do organismo. No entanto, no pelo ou no cabelo, a substância permanece por um período de até 180 dias. 

Como o material é colhido?

A coleta é feita de maneira muito rápida e simples. Ao chegar ao laboratório ou ao ponto de coleta, após fazer o cadastro, o motorista vai para sala destinada a essa atividade — o ambiente não necessariamente precisa ser similar ao de coleta sangue.

A partir daí, podem ser feitos tipos de coleta: de cabelo ou de pelo. Se o cabelo do condutor estiver maior do que 4 centímetros de comprimento, será cortada uma pequena mecha, bem rente à raiz. Esse material é colocado dentro de um envelope com todos dados de identificação do motorista e também do profissional que fez a retirada do material. 

Nesse momento, é obrigatória a presença de uma testemunha para averiguar as condições de coleta. Caso o cabelo não tenha o tamanho suficiente, o procedimento é feito a partir do pelo, que pode ser do braço, tórax, perna ou púbis. No entanto, não é permitido fazer misturar elementos do cabelo e do pelo. Apenas um método deve ser adotado.

Quais os cuidados necessários para o procedimento?

A coleta do pelo deve ser realizada em uma sala fechada. Nela, é permitido estar apenas o coletor, a testemunha e o paciente. É importante que o profissional que fará o procedimento esteja usando luva e tenha a preocupação necessária de esterilizar o material a ser utilizado, como a tesoura ou o barbeador. Em relação ao primeiro, deve ser, antes da coleta, limpo com álcool. 

A LABET oferece todo o material necessário para o procedimento por meio de um kit de coleta. Nele, o álcool para a esterilização já está incluso. 

Como é feita a análise?

Antes de explicarmos o processo de análise, é preciso esclarecer que o fio de cabelo humano tem uma estrutura complexo. Ao analisá-lo por microscópio, é possível observar que, ao fazer um corte simplificado, encontramos o córtex, a medula e a cutícula capilar.

Toda essa estrutura é irrigada via fluxo sanguíneo e, quando há consumo de substâncias psicoativas, o sangue do usuário acaba impregnando a estrutura do pelo ou do cabelo. Ao longo do tempo e de acordo com a frequência com a qual ocorreu o consumo da droga, haverá maior ou menor quantidade dessas substâncias nos fios recolhidos.

A análise desse material compõem-se de fases diferentes. Confira quais são elas a seguir e entenda melhor o processo.

Fase de triagem

Essa primeira fase é subdividida em dois processos. Inicialmente, o laboratório prepara a amostra, lavando-a para que sejam retiradas possíveis contaminações externas.

No segundo passo dessa primeira fase, adota-se o método denominado ELISA com o objetivo de identificar a presença das substâncias psicoativas ou os metabólitos característicos das drogas que estão sendo identificadas. 

Quando há impregnação das drogas no cabelo, é possível, por meio da reação de agentes específicos, identificar o antígeno contido no ensaio, que por sua vez acusará a presença de cada uma das substâncias presentes na amostra coletada para teste.

Como esse primeiro procedimento tem o objetivo de simplesmente apontar se há alguma substância no cabelo, o resultado será considerado imediatamente positivo se houver indícios de pelo menos uma das drogas. Se não, o exame se encerra na fase de triagem e o laudo negativo sai em até 24 horas. 

Fase de confirmação

Se durante a triagem o resultado for positivo, passa-se para a fase de confirmação, que busca identificar o nível de concentração de cada droga eventualmente encontrada na fase anterior.

Para isso, é utilizado um espectrômetro, um equipamento que tem a capacidade de confirmar a informação já levantada anteriormente, com alguns outros detalhes complementares.

Na sequência, com base nos dados analisados, prepara-se o laudo que será enviado ao cliente. 

Afinal, como é feita a coleta do pelo para a análise?

A coleta para o exame é feita em dois envelopes. O kit da LABET contém o envelope pequeno — considerado o envelope de prova — que abrigará o material que será de fato analisado. Além dele, o laboratório possui um envelope maior em que será acondicionada o material a ser utilizado como contraprova (se necessário). Em ambos os envelopes, é preciso colocar um pouco de pelo para que os procedimentos sejam feitos com eficiência. 

A janela de detecção do exame toxicológico compreende um período de 90 dias, podendo chegar até 180 dias. Caso seja feita a análise do pelo, a substância metabólica ingerido pelo condutor estará presente dentro do fio. A coleta do pelo é feita por meio de um procedimento rápido e seguro, garantindo que seja possível identificar as substâncias psicoativas para, assim, contribuir para termos mais segurança nas estradas nacionais. 

Agora que você já sabe um pouco mais sobre esse procedimento, que tal se aprofundar e entender definitivamente o que é e como funciona o exame toxicológico de larga janela de detecção? Boa leitura!

Como passar no exame toxicológico de pelos?

Para passar no exame toxicológico de pelos, evite o uso de substâncias proibidas por pelo menos 90 dias antes do teste, mantenha uma higiene capilar adequada e evite a exposição a ambientes contaminados por drogas.

Quantos centímetros de pelo para fazer o exame toxicológico?

Geralmente, o exame toxicológico de pelos requer uma amostra de cabelo de aproximadamente 3 a 4 centímetros de comprimento, o que permite uma janela de detecção de drogas de aproximadamente 90 dias.

Pode fazer exame toxicológico com pêlos pubianos?

Não é comum fazer exame toxicológico com pelos pubianos, pois a amostra de cabelo do couro cabeludo é mais frequentemente utilizada devido à sua taxa de crescimento e acessibilidade.

Quanto tempo a droga fica no pelo da perna?

A droga pode permanecer detectável no pelo da perna por um período semelhante ao do cabelo do couro cabeludo, geralmente cerca de 90 dias, dependendo do crescimento e da taxa metabólica individual.