
4 estratégias para lidar com turnover em uma empresa de transporte
O turnover é um termo em inglês referente à medição da rotatividade da empresa. Ou seja, contabiliza admissões e demissões no quadro funcional. Nas empresas de transporte, esse índice pode ser alto. Você sabe o que fazer para reduzir o turnover? Vários fatores podem influenciar na decisão de um colaborador de querer se desligar da empresa. Ao longo deste artigo vamos discorrer sobre eles.
Se você tem interesse em entender melhor o que pode acarretar os altos índices de rotatividade e saber como traçar a estratégia correta para reduzir o turnover, continue a leitura. Vamos apresentar 4 boas alternativas para serem implementadas em empresas de transporte. Confira!
Quais são os impactos do turnover nas empresas de transporte?
Lembre-se que os custos de uma demissão logo são seguidos pelos custos de uma nova admissão, certo?
Manter essa rotina pode ser bem desgastante tanto para a imagem da empresa quanto para os setores que dependem desses colaboradores. Prejudica também a dinâmica de trabalho do setor de RH, que se sobrecarrega com os trâmites legais dos processos de admissão e demissão. Esse setor poderia investir o tempo gasto com essa burocracia para realizar pesquisas de engajamento ou de indicadores, por exemplo.
Definitivamente não é saudável, economicamente falando, manter o turnover alto. Como ressaltamos, significa novos gastos com treinamento dos novatos, exames médicos protocolares, além de outras despesas, como teste toxicológico para motoristas, por exemplo.
Sem contar que cada trabalhador possui um tempo subjetivo de adaptação à rotina, ambiente de trabalho e clima organizacional. Perde-se muito com o conhecimento e a experiência de quem sai e a produtividade fica totalmente comprometida. Não colabora também para manter a motivação da equipe.
Quais são as principais causas do turnover nas organizações?
No caso de empresas do setor de transporte, assim como da grande maioria das prestadoras de serviços, as causas do alto índice de turnover dividem-se em 3 agrupamentos: motivos controláveis, semi-controláveis e incontroláveis. Vamos falar mais detalhadamente sobre cada um deles. Acompanhe!
Causas controláveis
É quando a empresa não anda na linha e dá motivo para qualquer um desistir de trabalhar como equipe. Remuneração inadequada, condições ruins de trabalho, treinamento de baixo engajamento ou a própria falta de treinamento são motivos para o colaborador buscar outras alternativas.
O não reconhecimento de um bom trabalho realizado, bem como a falta de investimento em planos de carreira e na gestão humanizada são outros exemplos de fatores decisivos para que o colaborador se torne insatisfeito a ponto de deixar o emprego.
Causas semi-controláveis
Estão relacionadas ao comportamento dos colaboradores. Como eles se portam? Com educação ou descortesia? São impacientes ou dialogam? Quando há problemas nesses aspectos, geralmente a produtividade da equipe decresce, o rendimento individual também e há aumento nos casos de maus hábitos.
Causas incontroláveis
São situações nas quais além de ter pouca ou nenhuma previsibilidade, não há muito além do óbvio que se possa fazer para melhorar a situação. É o caso da morte de algum colaborador ou parente próximo, em que a empresa não consegue resolver o problema, apenas amenizá-lo oferecendo o devido apoio médico e psicológico.
Situações externas ao convívio da firma também influenciam, como crise no setor, nível de demanda e oferta de concorrentes.
Que estratégias podem ser adotadas para reduzir o turnover?
Como são muitas opções, vamos apresentar as mais indicadas. Mas é preciso que se observe os indicadores de RH, as pesquisas de engajamento e os perfis traçados de seu público interno.
Conhecer as necessidades, objetivos e anseios de seus colaboradores vai ajudar a definir a melhor estratégia para reduzir o turnover. Veja só!
1. Conceder benefícios
Aplicar uma correta política de benefícios é uma ótima forma de buscar diminuir a rotatividade no empreendimento:
- plano de saúde estendido aos membros da família;
- auxílio creche;
- clube de descontos;
- cesta básica;
- compensação por baixo absenteísmo e bom rendimento;
- participação nos lucros.
Esses são alguns exemplos de bonificações para serem exploradas e oferecidas aos colaboradores. Além de reduzir o turnover, ajudam a reter os talentos e blindar a empresa contra propostas de concorrentes.
2. Criar ou melhorar o plano de carreira
Nenhum colaborador gosta de pensar que “não há como eu crescer nessa empresa”, não é verdade? Enxergar e conviver com a possibilidade de uma promoção, bonificação ou mesmo do reconhecimento pelo bom trabalho é uma excelente forma de incentivar a entrega de um bom serviço e a permanência no quadro funcional.
O plano de carreira é o que vai alinhar os objetivos do colaborador e da empresa, metas coletivas e individuais e as possibilidades admissíveis de crescimento para cada função desempenhada na organização.
3. Oferecer bons treinamentos
Estudo e conhecimento nunca são demais. Colaboradores que recebem um treinamento eficiente são mais conscientes de seus direitos e deveres, entendem e aplicam as leis de segurança do trabalho e sabem que precisam do emprego para garantir o seu sustento. Por isso, apresentam bom comportamento e não arriscam a oportunidade de desempenhar um trabalho honesto.
Não somente cursos voltados para a área de atuação laboral da pessoa são interessantes, mas também sobre bons hábitos alimentares; a busca do bem-estar social, profissional e familiar e o que mais for de interesse do público que se quer atingir.
4. Trabalhar ações de engajamento e melhoria do clima organizacional
Promover festas em datas comemorativas como Páscoa e Ano Novo já não é o suficiente, certo? É preciso ser criativo e, novamente, o conhecimento sobre o público-alvo é importantíssimo. As ações de engajamento devem estar adequadas à realidade desse público, certo?
Os colaboradores são em sua maioria do sexo masculino? Que tal promover um campeonato de futebol? Ou talvez sejam trabalhadores mais experientes, que se interessariam mais em ouvir um ciclo de palestras sobre leis trabalhistas, previdência e bons hábitos para a posteridade, já pensou nisso?
Viu como é possível reduzir o turnover? Implementar uma ou mais das estratégias apresentadas pode salvar o seu negócio, não é mesmo? Saiba reconhecer o que o seu público precisa e ofertar, conforme for possível, o devido reconhecimento pelo bom trabalho prestado e uma adequada compensação.
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Não há uma média de turnover aceitável universalmente definida, pois varia de acordo com o setor, tamanho da empresa e outras circunstâncias, mas geralmente é considerado aceitável um índice de turnover entre 10% a 15% ao ano.
O percentual de turnover representa a taxa de rotatividade de funcionários em uma empresa, calculada dividindo o número de funcionários que deixaram a empresa durante um período pelo número médio total de funcionários nesse mesmo período e multiplicando o resultado por 100.
A média de turnover nas empresas brasileiras varia consideravelmente dependendo do setor e do tamanho da empresa, mas geralmente oscila entre 15% e 20% ao ano.
O turnover na logística refere-se à rotatividade de funcionários dentro do setor logístico, impactando a mão de obra disponível para atividades como armazenagem, transporte e distribuição de mercadorias.